Acontecimentos negativos podem impactar uma empresa de modo significativo, principalmente se não houver uma preparação prévia para eles. Problemas financeiros, legais e de reputação são apenas alguns dos obstáculos que costumam se apresentar inesperadamente. Por isso, adotar uma matriz de risco é essencial para identificar e lidar com essas situações da forma ideal.
O assunto ganha relevância ainda maior em um mundo tão dinâmico e cheio de mudanças como o atual. Para se ter uma ideia, o Instituto Brasileiro de Governança Corporativa, o IBGC, aponta que 47,1% dos respondentes de um estudo divulgado em 2021 acreditam que processos de gestão de risco de compliance passarão a receber mais atenção depois da crise do Covid-19.
Como você se prepara para enfrentar imprevistos que podem prejudicar o seu negócio? Se estiver em dúvida sobre como encontrar soluções nesse cenário, vale a pena seguir com a leitura deste artigo.
Afinal, o que é a matriz de risco?
A matriz de risco é uma ferramenta gráfica que auxilia empresas na hora de avaliar e gerenciar situações com potencial para ameaçar o funcionamento do negócio. Com ela, é possível identificar esses possíveis problemas para que o gestor consiga agir de modo efetivo em relação a prevenir ou diminuir as implicações do fato.
Esse recurso, que também é conhecido como matriz de probabilidade e impacto, ilustra em duas dimensões os desafios a serem enfrentados. Imagine um quadrado. Na vertical, de baixo para cima, é elencada a probabilidade de determinada situação ocorrer. Quanto mais alto o índice, maior a chance. Já na horizontal, da esquerda para a direita, é sinalizado o impacto, a gravidade da consequência do fato.
Por exemplo, isso facilita o entendimento sobre algo que, embora não tão provável, seja extremamente preocupante se vier a se concretizar.
A partir desse tipo de avaliação, a empresa se protege, adequando planos de ação e recursos dedicados para evitar ou resolver cada risco antecipado.
Que tipos de ameaças podem prejudicar empresas atualmente?
As situações negativas a que uma empresa pode ser submetida variam bastante conforme o nicho de atuação e o porte. Algumas, no entanto, são aplicáveis a maioria das companhias em maior ou menor grau.
Por exemplo, estudo divulgado pela CNN Brasil dá conta de que a quantidade de ataques cibernéticos no país cresceu 94% na comparação entre os anos de 2022 e 2021. Roubo de dados e exposição a vírus em computadores estão entre os desafios enfrentados nesse departamento.
Riscos de reputação, socioambientais ou mudanças em regulamentações também figuram na lista de eventuais dificuldades. Até mesmo o impacto da concorrência direta ou indireta em seu negócio é algo que merece ser avaliado por meio de uma matriz de risco.
É importante destacar que o nível de ameaça que esses ou outros temas representam depende de quão preparada a empresa já se encontra no momento. Por isso, é necessário sempre realizar avaliações periódicas e caso a caso.
Benefícios de elaborar a matriz de risco
A matriz de risco é essencial para empresas terem acesso fácil e objetivo às possíveis ameaças a seus negócios, mas essa não é a única vantagem em contar com tal ferramenta.
Com ela, também é possível identificar oportunidades de negócios. Além disso, dada a pesquisa necessária para a elaboração de planejamentos, gestores conseguem tomar decisões bem fundamentadas em dados atuais.
Outro atrativo é que, com a definição de quais são os riscos iminentes ou graves, fica fácil organizar recursos para uma aplicação eficiente.
Como aplicar a matriz de risco a um negócio?
É possível encontrar critérios variados para definir probabilidades como baixa, média ou alta. O mesmo vale para o impacto.
O ideal é que seja elaborada uma padronização adequada para a sua companhia considerando a experiência dos gestores e outros profissionais da equipe. A percepção sobre o mercado e o momento atual do país também devem ser considerados.
As etapas previstas para uma matriz de risco são:
Definir a área a ser pesquisada
Partindo da proposta apresentada acima, é interessante determinar qual área da companhia receberá o foco do estudo. O conhecimento dos profissionais envolvidos no processo é fundamental para estabelecer quais temas são relevantes para passarem por avaliação.
A fim de simplificar o entendimento do método de matriz de risco, neste texto será adotado como exemplo uma área de Tecnologia da Informação.
Classificar os riscos
Em uma suposta implementação de novos sistemas que contemplam a empresa como um todo, o departamento de TI e o serviço em si precisam ser avaliados. Podem ocorrer interrupções de trabalho que impactarão toda a companhia, bugs que atrapalhem o registro de informações importantes ou até falhas de segurança.
Ao trabalhar com a matriz de risco, a empresa fica ciente sobre eventuais dificuldades futuras e como contorná-las. Por exemplo, se a organização conta com sistemas que funcionam paralelamente ou backups constantes, o risco de perda de dados é menor. Se não contar com essas características, a ameaça é bem maior. Por isso, é necessário avaliar caso a caso.
Pontuar e analisar
Após o levantamento de imprevistos possíveis, é hora de definir probabilidade e gravidade deles. É preciso cruzar essas informações e classificá-las como risco baixo, médio ou alto.
Por exemplo, a atividade pesquisada traz uma ameaça de gravidade moderada à empresa e as chances de algo errado acontecer são altas? Então, é necessário realizar trabalhos prévios para reduzir as chances de erro. Ao realizar os levantamentos para a matriz de risco, possíveis soluções nesse sentido também podem surgir.
Ou seja, esse método contribui para identificar possíveis problemas e colabora com as respostas para lidar com eles. Por isso, se torna tão importante na atualidade.
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