Você sempre acompanha congressos e eventos relacionados a finanças e gestão empresarial? A segunda edição do Beyond – Portugal Digital Revolutions apresentou as principais tendências de tecnologia para o mercado financeiro nos próximos anos.
Uma das mudanças previstas é a customização de serviços. Na Europa, por exemplo, os clientes de bancos vão poder contratar outros fornecedores para a administração das finanças. Esse modelo de customização promete mudar muito o setor bancário daqui para frente, pois as agências vão precisar compartilhar dados para terceiros. Quer saber como se preparar para essas tendências de mercado? Confira 5 dicas sobre o assunto:
Essa proposta da Europa traz um novo cenário para o mercado mundial e vai mudar a forma como os consumidores lidam com os serviços financeiros. As instituições terão que se adaptar e caberá ao cliente escolher quais serviços vai querer contratar no banco.
Nesse caso, o consumidor poderá optar por ter a conta corrente em uma agência e pegar empréstimo em uma fintech, sem que ocorra qualquer tipo de problema. Esse compartilhamento de dados vai exigir que as instituições aperfeiçoem os recursos tecnológicos e mantenham a segurança dos dados dos clientes.
As empresas precisarão se adequar cada vez mais para atender as exigências do consumidor que busca serviços personalizados. Para isso, elas vão ter que se preocupar com o core business e promover a integração com outras companhias para complementar expertises.
Visualmente falando, é como se as plataformas de serviços se transformassem em um “Lego”, em que as instituições bancárias vão ter que se conectar para que o cliente administre as suas finanças unindo os serviços das agências.
Isso exigirá que as corporações utilizem cada vez mais a criatividade para “pensar fora da caixa” e disponibilizar soluções diferenciadas para o cliente. E a inteligência artificial se encarregará de fazer as operações.
Essa integração entre as instituições vai criar verdadeiras parcerias de negócios. As fintechs, antes consideradas ameaças, vão permitir a comercialização de produtos diferenciados pelos bancos por meio de estruturas como Banking as a Platform (BaaS) e Insurance as a Platform (IaaS).
- Automação e computação cognitiva
Esse aumento na competitividade entre as instituições financeiras criará um ambiente com baixas taxas de juros e menor margem de lucro para os bancos. Eles precisarão, então, utilizar recursos de robótica para diminuir os custos operacionais e automatizar certas atividades repetitivas e críticas.
Mas, afinal, como fazer isso? Basta utilizar os robôs-advisors. Eles são plataformas tecnológicas que utilizam algoritmos para gerenciar informações e fazer a alocação de fundos do investidor. Ou seja, as máquinas são capazes de analisar a situação do cliente, verificar o perfil, tendência sobre fazer investimentos de risco e objetivos de lucratividade.
Assim, o robô-advisor consegue disponibilizar um portfólio para o cliente com todas as opções disponíveis, fazendo com que não seja mais necessário o contato direto com o gerente da conta para receber orientações de onde e quando aplicar recursos.
Ele é, então, um consultor financeiro para gerenciar recursos e diminuir o tempo investido pela equipe do banco e pelo próprio cliente. Esse aconselhamento é baseado em cinco estágios:
- Conhecimento sobre o cliente por meio de um questionário de perguntas como “quando você deseja resgatar o dinheiro?”;
- Identificação das opções que a instituição financeira disponibiliza e quais são os investimentos que se encaixam no perfil do consumidor, de acordo com as respostas apresentadas e da experiência digital;
- Aconselhamento baseado nas últimas atualizações da situação financeira do cliente e nas metas a serem atingidas. Ele poderá, inclusive, conversar por meio de chatbots para identificar se houve mudança de planos e se há interesse em balancear a carteira;
- Monitoramento do saldo da conta e dos rendimentos nas aplicações feitas pelo cliente. Assim, se houver a recomendação de realizar uma troca ele poderá encaminhar as informações para um consultor humano entrar em contato com o consumidor e explicar a situação;
- Treinamento sobre o melhor momento para fazer a retirada de recursos ou mudança de investimentos de acordo com o cenário econômico.
Assim, humanos e máquinas poderão trabalhar em conjunto para oferecer a melhor experiência ao cliente. Vale lembrar que essa maior utilização da inteligência artificial e da web exigirá investimentos em níveis maiores de cibersegurança para diminuir as vulnerabilidades e ameaças.
- Plataformas de negociação eletrônica
Você quer operar no mercado de ações? Então precisa contar com plataformas home broker! Esses modelos de sistemas contribuem para que a equipe possa acompanhar as negociações de ações e ativos financeiros de modo online.
Uma das vantagens é que o home broker pode ser acessado de qualquer ferramenta, seja um smartphone ou um tablet. Esse modelo de plataforma teve início em 1999 para incentivar o mercado de capitais e a tecnologia permite que qualquer investidor possa acessar o ambiente de negociação da, sua corretora de valores para adquirir ou vender ações da bolsa.
Muitas corretoras brasileiras já utilizam essa tecnologia para oferecer uma opção diferenciada e ágil aos clientes. Com ela, os próprios investidores conseguem acompanhar as negociações e efetivar as transações. Conheça algumas vantagens do home broker:
- Acompanhamento do histórico de pedidos e pagamentos;
- Oportunidade de diversificar os investimentos no mercado de ações;
- Agilidade para realizar as operações, uma vez que tudo pode ser acompanhado em tempo real.
Sendo assim, essa é uma tecnologia para o mercado financeiro que vai se transformar em uma verdadeira tendência de mercado. Uma corretora que pretende manter um bom relacionamento com o cliente precisará investir (o quanto antes!) em uma plataforma home broker. Caso contrário, ela será “engolida” por seus concorrentes.
- Tecnologias de atendimento online
Se a sua instituição financeira ainda não modernizou a maneira de se relacionar com o cliente, está na hora de se apressar. Caso contrário, ela será substituída pelas fintechs e demais bancos de atendimento digital.
Por quê? O consumidor quer cada vez mais agilidade e facilidade para se comunicar com a instituição bancária e não tem tempo para perder em filas de espera. Sendo assim, é muito mais fácil poder acessar a página ou o aplicativo da instituição e conversar via chat, do que precisar enfrentar congestionamentos e filas para falar com um funcionário, correto?
Por isso, os chatbots farão cada vez mais parte do dia a dia da vida do consumidor e cabe à instituição financeira se adaptar a esse modelo. Ele tem a função de ajudar a diminuir o tempo de espera por um atendimento simples, que pode ser resolvido em alguns cliques. Caso seja necessária a atuação de uma pessoa, a ligação ou conversa é encaminhada para um humano.
Algumas empresas, tanto financeiras como de outros setores, já estão utilizando essa tecnologia para atender melhor os clientes. Conheça algumas delas:
- Capital One: o chatbots identifica saldos e revisa transações;
- NerdVallet: o bot procura entender melhor as necessidades dos clientes;
- Burger King: o chatbots oferece ofertas da rede;
- Pizza Hut: usa a tecnologia para apresentar locais próximos ao cliente, opções do cardápio e formas de pagamento.
Como você pode ver, haverá muitas mudanças no que se refere à tecnologia para o mercado financeiro. Cabe a cada gestor se preparar e estudar novas maneiras de agradar os clientes.
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