Proteger os bens que você conquistou também é investimento

Vitor Precioso

29 julho 2016 - 18:39 | Atualizado em 29 março 2023 - 17:43

Mulher segurando aparelho de vidro exibindo dois cadeados destravados e um travado

Muitas vezes temos a sensação de que gastos com seguros são desnecessários. Já ouvi muitas pessoas falando “Eu pago seguro há anos e nunca tive um carro roubado”.

Bom, considerando o preço médio dos seguros dos 10 veículos mais vendidos no Brasil em 2015 e até Março de 2016, temos uma relação de 4,6% entre o valor pago anualmente para ter o carro protegido contra roubo e colisões e o valor de aquisição de um automóvel novo no estado de São Paulo. Nessa avaliação simples podemos afirmar que são necessários quase 22 anos sem que se tenha o veículo roubado ou acidente com perda total.

Sem considerar que se formos culpados em um acidente temos que pagar o conserto do outro carro para empatar o gasto com o seguro e preço de reposição do bem. Diria que é muita sorte passar por todo esse tempo sem ter uma dessas ocorrências.

Mesmo com o crescimento anual do número de veículos roubados, ainda temos 70% da frota nacional circulando sem nenhum tipo de proteção, segundo o blog da Minuto Seguros. Muito deles são financiados, ou seja, em caso de perda do bem, o proprietário vai continuar pagando o financiamento sem poder recuperar o valor investido e com juros.

Se ampliarmos a análise avaliando a participação de seguros no PIB do Brasil (3,9%), comparado ao de outros países, chegamos à conclusão que a cultura da proteção ainda tem muito a crescer.

Veja a tabela abaixo, onde aparecem países com Japão, Reino Unido e Coreia do Sul com esse índice superior a 10%:

tabela-investimento

Mas porque não protegemos o que conquistamos? Parece que a cultura do “isso não vai acontecer comigo” é predominante e a procrastinação reforça a preocupação com a perda somente depois que ela acontece.

Ocorreu recentemente um grande vendaval na região de Campinas, conforme reportagem do G1: ventos de 100km/h derrubaram mais de 70 árvores, destelharam centenas de casas e até parte do teto de um shopping desabou.

No dia seguinte a demanda por seguros residenciais foi imediata, como comenta José Augusto Camargo da bemseguro.com.vcNós tivemos consultas e cotações de pessoas que se quer eram nossos clientes”. Isto só comprova que o cuidado com o patrimônio só ocorre  depois do prejuízo.

Falamos muito em investimentos e isso é muito positivo, mas se preocupar em proteger os bens que conquistamos ao longo da vida deveria ser uma preocupação natural para garantir o patrimônio que construímos.

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