Estive recentemente conversando com Guilherme Benchimol, CEO da XP Investimentos, sobre desenvolvimento de fintechs e startups no mercado financeiro.
A maioria das pessoas tem uma ideia e interesse em empreender. “Transformar a minha ideia em um negócio de sucesso” é um pensamento constante de muitos jovens e profissionais de mercado. Mas por onde começar? Em minha conversa com Guilherme concordamos sobre a importância de começar pequeno, porém que seja um negócio com possibilidade de escala. A história da Cedro Technologies e também da XP Investimentos não foi diferente.
1. Por oportunidade e não necessidade
Empreender é um desafio, mas aqueles que gostam de fazê-lo são geralmente apaixonados pelo que fazem. O lançamento da startup deve ser por uma oportunidade de mercado e não por uma necessidade pessoal como “se recolocar no mercado” pelo fato de estar desempregado ou uma alternativa para sair de um emprego improdutivo e sofrível.
Quando for começar qualquer negócio, se atente a estar fazendo isto por uma oportunidade e não simplesmente porque você acha que precisa.
2. Valores e não simplesmente dinheiro
Certamente todo negócio visa lucro e geração de riqueza. Assim, considerando que a sua ideia é passível de monetização, verifique se aquilo que você irá fazer representa os seus valores de vida e seus sonhos. Muitas pessoas empreendem em busca de dinheiro para ter mais tempo livre, mas na prática não é assim. Frases como “quero fazer o meu horário de trabalho”, “quero viajar todos os meses para o exterior” e “quero ter flexibilidade de horário” são um engano.
3. Entendimento e regulatório
Conheça a si mesmo e na mesma proporção o negócio que você está empreendendo. Conheça o mercado, seus possíveis clientes, parceiros, fornecedores e concorrentes. Se tem dúvidas do funcionamento de seu mercado, então é preferível se aprofundar e se especializar antes de tomar a decisão de lançar o seu negócio.
Conhecer as leis e regras do mercado é essencial. Se a sua ideia envolve serviços financeiros ou outros regulados, é fundamental saber o que pode ser feito e quais riscos você pode e está disposto a correr.
4. Prototipe e valide a ideia
A prototipação e a validação da ideia é um passo fundamental do negócio. Faça o desenho de seu produto. Mostre para os seus amigos e familiares. Valide a sua ideia. Melhore a sua ideia. Apresente-a para possíveis compradores. Peça um feedback honesto sobre o que você está propondo e permita que as pessoas critiquem.
O brasileiro geralmente não gosta de criticar, talvez seja importante expressar claramente “Não fique constrangido. Eu estou aqui, realmente para validar se isto faz sentido ou não. Me dê seu honesto feedback”.
5. Pessoas
Embora seja possível uma startup de apenas uma pessoa (você), em geral, as startups têm um time maior. Profissionais de marketing, gestão, talentos humanos, tecnologia, finanças e vendas. Como você planeja estruturar o seu time? Pretende ter sócios no início do empreendimento?
Precisa ter sócios para ajudá-lo financeiramente? Defina claramente o tamanho do time, sua capacidade financeira e capacidade de gestão de pessoas. As pessoas certas em seu negócio farão toda a diferença. As pessoas erradas provocarão o seu fracasso. Valorize os seus talentos.
6. Mercado e Modelos de Negócio
Evite focar o seu produto em um mercado pequeno ou grande demais. Equilíbrio é sempre a melhor escolha. O ideal para mim, é ter um produto que funcione em um mercado maior, porém que possa ser lançado em um nicho controlável. Imagine um app de táxi. Ao invés de começar em todo o país, os empreendedores sensatos geralmente começam em uma única cidade e depois expandem a atuação.
Conheça muito bem o seu mercado. Ele existe ou é um novo mercado que será criado? Tenha ainda um modelo de negócio ou no máximo dois para iniciar.
7. Tenha um objetivo e uma boa estratégia
Para quem não sabe para onde vai, qualquer caminho serve. Defina claramente o objetivo de seu negócio e a sua estratégia. Preocupe-se em selecionar indicadores e metas que atestem que seu alvo foi alcançado. Seja modesto na quantidade de KPIs (indicadores chaves), e esbanje no volume de métricas, elas serão o suporte para os seus indicadores.
8. Parceiros de mercado
Recentemente escrevi um artigo sobre a importância do desenvolvimento de parcerias e canais, pois afinal “Ninguém faz mais negócio sozinho”. Estabeleça parcerias e alianças. Gerencie os relacionamentos de maneira a gerar ganho mútuo para as partes. Uma parceria é realmente funcional quando todas as partes saem ganhando, inclusive o cliente.
O mundo se conectou. Conecte-se ao máximo de pessoas e organizações que possam gerar frutos em conjunto com você.
9. Parceiro tecnológico
A tecnologia é parte fundamental de qualquer empresa, porém para as startups e fintechs a tecnologia é imprescindível e permeia toda a estrutura. Como a escolha do parceiro tecnológico acontece no início do projeto, isto pode implicar riscos de médio e longo prazo não mapeados. Procure um parceiro de tecnologia que consiga te atender no início, porém que consiga caminhar com você durante o desenvolvimento de sua startup.
10. Trabalho
Se você chegou até a este passo com conforto, é porque tem condições favoráveis para empreender. Se prepare para muito trabalho.
Deseja se aprofundar no assunto? A Cedro preparou dois ebooks essenciais para você: Um sobre desenvolvimento de aplicativos para Startups e Negócios digitais, em parceria com StartSe, e outro sobre Fintechs no mercado financeiro brasileiro, em parceria com XP Investimentos.
Se você já tem uma ideia na cabeça, mas ainda não encontrou um parceiro tecnológico que faz uma imersão no seu business para criar a solução ideal, fale com a Cedro! Deixe seus dados no formulário abaixo pra gente entrar em contato e entender melhor sobre o seu projeto.
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