Mapa da empatia: ótima ferramenta para construir chatbots

Rogério Marques

20 março 2018 - 21:02 | Atualizado em 29 março 2023 - 17:45

Pessoas tendo uma reunião com computador e folhas com gráficos em cima da mesa

Cada vez mais, as empresas buscam novas estratégias para se destacar. O grande desafio é inovar nas soluções para potencializar a marca e conquistar novos clientes.  Mas, antes mesmo de pensar na construção da marca e, também, no desenvolvimento de novos produtos e serviços, a exemplo dos chatbots, será que as empresas buscam conhecer seus consumidores e suas necessidades? Quem são eles? Qual estilo de vida adotam? Quais as preferências? E quais as principais necessidades?

As perguntas são muitas e parece difícil obter respostas precisas e certeiras para cada uma delas. Pensando em estabelecer um método viável para que empresas conheçam, de verdade, seu público, Dave Gray criou o Mapa da Empatia, uma das ferramentas do Design Thinking. A partir de algumas hipóteses e pautando-se por seis perguntas simples sobre um cliente,  o mapa permite que organizações identifiquem e entendam os objetivos, desejos e limitações do usuário.

Ao compreender o modo como seu público pensa e se comporta, uma empresa pode ajustar suas estratégias maximizando seus resultados. Para um desenvolvimento assertivo de chatbots, por exemplo, é essencial que a organização conheça seu cliente e considere  o seu perfil no momento da criação do bot. Afinal, o sucesso da estratégia dependerá, essencialmente, do modo como o bot atende aos principais anseios dos clientes.

Como mapear a empatia?

O mapa de empatia permite às empresas aprofundar o conhecimento sobre o cliente e descobrir o que ele pensa, como ele age, quais suas necessidades e os seus desejos em relação a uma marca, produto ou serviço. Isso só é possível com o exercício da empatia, que consiste em colocar-se no lugar do usuário dessa experiência, considerando hipóteses sobre suas atitudes e pensamentos.

Para este exercício, é fundamental fazer seis perguntas principais. São elas:

  1. O que ele vê e sente?

Aqui é preciso tentar responder perguntas como: qual é a percepção do cliente sobre o mundo? Como é o mundo (social, familiar e organizacional) em que ele vive? O que ele pensa da vida e do futuro? Como ele enxerga o mercado e o ambiente em que está inserido, ou o produto que está utilizando?

  1. O que ele escuta?

Busque identificar o que o usuário ouve no sentido sonoro, de músicas ou conversas, mas pense também nas demais influências que ele recebe de fontes diversas, como meios de comunicação. Procure responder perguntas como: Quais ideias influenciam o usuário? Quais suas marcas favoritas? Com quais mídias ele conversa mais? Qual tipo de mensagem ele consome mais? Quem são seus ídolos?

  1. O que lhe inspira?

Este é o momento de responder perguntas que indiquem o que a pessoa pensa e sente. Quais são os pontos que motivam e alegram o usuário? Quais são suas satisfações? Quais são seus sonhos? Quais são suas emoções e motivações? E de que modo estas se relacionam com seu produto ou serviço?  

  1. O que ele fala e faz?

Essa é uma das principais perguntas porque está relacionada ao consumo do produto ou serviço, desde quando o usuário toma a decisão de comprá-lo. Para entender o que o cliente fala e faz, observe o seu discurso e a sua prática. São perguntas possíveis: Sobre o que seu cliente costuma falar? Ao mesmo tempo, como ele age? Quais são suas atitudes? Como ele se expressa em relação ao produto ou serviço? Quais seus hobbies?

  1. O que ele teme?

É hora de relacionar incertezas e obstáculos que podem impedir seu cliente de consumir seu produto. Pergunte-se: Quais são seus medos e insatisfações? O que é motivo de frustração? O que tem sido uma dificuldade em seu desenvolvimento? De que ele reclama e quais são seus problemas?

  1. Quais suas necessidades e seus desejos?

Por fim, identifique necessidades do seu público que a sua marca pode ajudar a suprir. São questões centrais: Quais são as esperanças e desejos para o futuro? Quais são os seus planos? O que ele precisa para se sentir melhor? O que tem feito para ser feliz? O que acabaria com seus problemas? Qual o seu conceito de sucesso?

Visualmente, estas questões podem ser organizadas e divididas em diferentes quadrantes tal como no esquema abaixo:

ciracao-chatbots-mapa-da-empatia

Mapa da empatia leva à construção de soluções centradas no cliente

Para o trabalho de planejamento e desenvolvimento de chatbots, conhecer o cliente, com mais profundidade e propriedade, é indispensável. Somente assim é possível criar um bot que realmente se adeque às necessidades e à vida do cliente. Afinal, de nada adianta investir em um chatbot sem considerar as dores e aspirações do usuários. Primeiro, eles devem ser ouvidos para depois receberem uma solução que realmente os surpreenda e não deixe nada a desejar.

O correto preenchimento do mapa da empatia permite que os profissionais envolvidos na análise visualizem, claramente, os aspectos mais valorizados pelos usuários. Mais do que isso: ele permite mapear também as oportunidades de construção de diferentes soluções tecnológicas como chatbots e aplicativos, por exemplo.

Colocar-se no lugar do cliente para ser mais assertivo

Com o design thinking e o mapa da empatia, as organizações financeiras têm a chance de fazer uma imersão na vida do cliente, com o objetivo de compreender o estilo de vida, os impactos emocionais e as percepções sobre um produto ou serviço. Os dados, antes desorganizados e abstratos, quando mapeados, ganham significado e se convertem em conhecimento capaz de pautar o desenvolvimento de novas estratégias.

Em um cenário no qual as organizações apostam alto na tecnologia para o mercado financeiro, a criação de chatbots pode – e deve – ser pautada também pelo mapa da empatia. A estratégia visual orienta, de modo assertivo e eficaz, a construção de soluções tecnológicas completas, que tomam como ponto de partida a visão do cliente.

Usar o mapa da empatia é um dos caminhos possíveis para maximizar o valor gerado pelos seus negócios. Que tal começar hoje mesmo? Escolha a ferramenta People para desenvolver seu chatbot e surpreenda-se com o resultado.


new RDStationForms(‘chatbot-1cd425d683d073d053ab-html’, ‘UA-72652331-1’).createForm();

Recomendados para você

Pessoas em mesa de escritório discutindo projetos
Bancos enfrentam concorrência das fintechs pelas PMEs ...
Imagem de um ángulo aereo de pessoas trabalhando em uma mesa
Erros em startups: 5 dicas de como evitá-los ...
Imagem de cidade com luzes neon destacadas
Transformação digital: você tem a parceria certa para chegar lá? ...