Empresas de tecnologia do mundo todo estão passando atualmente por uma transformação digital proveniente de mudanças estruturais em seus serviços de TI. Essa reestruturação é reflexo de novas práticas e metodologias que estão ganhando notoriedade no mundo corporativo.
As metodologias ágeis notavelmente conquistaram grande parte do mercado, trazendo uma reorganização na forma com que os projetos são arquitetados, porém, se agora podemos observar esse cenário, o que acontece com o ITIL? Estariam as metodologias ágeis entrando em cena para serem as detentoras dessa importante função?
A chegada do ITIL ao mundo corporativo
Para assimilarmos suas funcionalidades e fazermos as devidas comparações, vamos analisar o espaço que o ITIL ocupa nas empresas.
Comumente os serviços técnicos em uma corporação são realizados por empresas de tecnologia especializada. São elas as responsáveis pelo gerenciamento dos sistemas adaptados e é por meio do padrão ITIL que as necessidades da companhia são avaliadas e transformadas em soluções tecnológicas.
Para que todo o fluxo de tarefas possa ser detalhado, a análise passa pelos serviços de suporte técnico, gerenciamento de clientes e análise de risco, por exemplo. Tudo isso para que então a implantação adequada possa ser realizada.
A arquitetura do padrão ITIL pode ser definida em cinco conceitos essenciais, sendo eles:
- Estratégia de serviços;
- Desenho de serviços;
- Transição de serviços;
- Operação de serviços;
- Melhoria contínua dos serviços.
Todas essas etapas são indispensáveis para que o processo seja implantado com eficácia em um ambiente.
O Manifesto Ágil
Na última década uma nova visão vem atraído a atenção das empresas: a necessidade de implantar métodos mais ágeis na execução de projetos. Esse cenário se estabeleceu devido a insatisfação entre as partes envolvidas, em grande parte por conta da demora para a entrega do produto. Foi então que teve início o Manifesto Ágil.
Mais recentemente um novo modelo encantou os olhares dos estrategistas. Denominado DevOps, o movimento possui como fundamento principal a aproximação das boas práticas decorrentes das metodologias ágeis, orientando os projetos com testes de implantação e o uso de ferramentas de automação. Ele também pode ser considerado um subproduto da filosofia Agile.
O DevOps não é uma metodologia em si e também não pode ser considerado uma ferramenta. Ele procura dinamizar o processo de construção de um projeto, permitindo também a união entre os times participantes, como as equipes de desenvolvedores e a de suporte técnico.
ITIL e as metodologias ágeis podem coexistir?
Propor a implantação de metodologias ágeis no escopo de um projeto pode romper com a estrutura organizacional do ITIL? Na verdade essa suposição não passa de um mito.
Abaixo destacamos três motivos que comprovam as vantagens em adotar, de maneira unificada ambas as ferramentas:
1. Não possuem o mesmo propósito
O ITIL propõe conceitos para arquitetar a infraestrutura de TI de uma empresa, passando por todo o fluxo de dados, com segurança e sintonia entre os departamentos.
Já as metodologias ágeis como o DevOps fornecem procedimentos no momento da elaboração de uma solução tecnológica, buscando sempre a agilidade na entrega e a satisfação do cliente.
2. A funcionalidade de uma pode complementar a do outra
Adotar metodologias ágeis em um ambiente devidamente estabelecido no padrão ITIL pode trazer ainda mais agilidade e eficácia na estrutura de trabalho. O risco de falhas vai ser reduzido drasticamente, já que a organização dos serviços de TI é plena e adaptativa.
Outro ganho será a comunicação entre a equipe de suporte técnico e os programadores. Ela vai ocorrer de maneira fluida, resultando em um projeto melhor estruturado.
3. Satisfação do cliente
Quando o fluxo para a elaboração do projeto ocorre de forma mais organizada, os resultados são mais ágeis. O cliente fica mais satisfeito e as relações entre as partes se torna mais harmônica.
O que esperar dessa união
A utilização do padrão ITIL em uma empresa que adota os conceitos das metodologias ágeis na execução de seus projetos não só é possível, como recomendável.
Por meio dessa transformação digital em seus processos a empresa não apenas terá um controle mais robusto de seus meios de análise e produção, mas também um grande aprimoramento na relação com o cliente. Os resultados? Boas parcerias e vínculos duradouros.
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