Com cada vez mais tecnologia disponível no mercado e com a demanda crescendo por novas soluções, como Internet das Coisas, é natural que as empresas desenvolvedoras de softwares sintam essa pressão em fornecer mais em menos tempo. A questão é que conquistar essa escalabilidade de produção nem sempre é possível quando se dispõe apenas de uma equipe capacitada. Para atender a essas novas necessidades é que o conceito de fábrica de software se mostra cada vez mais presente em ambientes de desenvolvimento.
O que é uma fábrica de software?
Fábrica de software é o termo utilizado para designar o processo de criar ferramentas utilizando conceitos, como a produção em larga escala e o aumento da produtividade. De modo geral, ela é responsável por desenvolver softwares com técnicas que diminuem a presença do fator humano.
Isso não significa, no entanto, que exista uma massificação de produção e que todos os softwares sejam iguais. Na verdade, a fábrica de software serve justamente para garantir o máximo de personalização no menor tempo possível. Ela usa alguns parâmetros básicos e leva em consideração também outros fatores, como índice de qualidade exigido.
Para entender como uma fábrica de software funciona, imagine uma fábrica de calçados. Em vez de fabricar apenas um modelo e um tamanho, a fábrica é capaz de produzir uma série de modelos e cores diferentes e de tamanhos variados. Com a fábrica de software acontece algo parecido, só que ainda mais personalizado. Nessa analogia, é como se cada sapato fosse feito especificamente para cada cliente.
Isso acontece porque alguns processos básicos são padronizados, permitindo a criação de um “molde” que pode ser adaptado conforme a necessidade de cada cliente.
A primeira empresa a adotar o termo “Fábrica de Software” foi a japonesa Hitachi em 1969 com seus Hitachi Software Works. Mais tarde, em meados dos anos 70, outras empresas como a Sistema Development Corporation, NEC, Toshiba e Fujitsu também começaram a adotar a prática.
Quais são suas vantagens?
O desenvolvimento de software como é atualmente praticado é lento, caro e sensível a erros. Muitas vezes produzindo projetos com um grande número de defeitos e sérios problemas de usabilidade, confiabilidade, desempenho, segurança, etc.
Cenário atual da produção de softwares
De acordo com o Standish Group, as empresas nos Estados Unidos gastam cerca de US $ 250 bilhões anualmente no desenvolvimento de 175 mil softwares. Apenas 16% desses projetos terminam dentro do cronograma e sem estourar o orçamento. Outros 31% são cancelados, principalmente devido a problemas técnicos. Já 53% conseguem ser produzidos dentro do prazo, entretanto, superam os orçamentos iniciais em 189% em média.
Esses números confirmam objetivamente o que já é sabido pela experiência, a mão de obra no desenvolvimento de softwares pode ser o ponto mais sensível, consumindo mais capital humano por real de valor produzido do que é aceitável de uma indústria moderna.
É claro que, apesar dessas deficiências, os produtos de desenvolvimento de software, obviamente, fornecem um valor significativo para os consumidores, como demonstrado pelo aumento da demanda nos últimos anos.
Porém, isso não significa que os consumidores estejam perfeitamente satisfeitos, seja com o software fornecido ou a forma como ele é disponibilizado. Significa meramente que eles valorizam e necessitam tanto do software que estão dispostos a sofrer grandes riscos e perdas, a fim de colher os possíveis benefícios.
Embora esse não seja obviamente o ideal, como demonstrado pela crescente popularidade da terceirização de mão de obra, também não é possível enxergar quaisquer mudanças significativas nos métodos e práticas de desenvolvimento de software em curto e médio prazo.
A solução é encontrar uma forma de produção que demande a menor quantidade mão de obra possível, desde que a entrega final atenda aos desejos básicos do consumidor. Em outras palavras, é preciso encontrar uma forma de otimizar a produção de softwares.
Foco na produtividade
Utilizar uma fábrica de software é benéfico para a empresa justamente por esse foco na produtividade e otimização e automação de procedimentos. Com mais softwares sendo desenvolvidos, é possível atender a mais clientes e, com isso, aumentar a lucratividade sem necessariamente ter de aumentar os custos com mão de obra.
Dessa forma, a sua empresa terá ganhos incríveis em produtividade que serão refletidos no número de projetos entregues e, consequentemente, no aumento do lucro.
Isso, inclusive, permite que a sua empresa aumente a demanda de clientes, o que talvez não fosse possível ao contar com uma equipe limitada. Também não é preciso ampliar o investimento, o que contribui para a redução dos custos operacionais.
Por sinal, a diminuição da interferência humana leva à redução de erros. Especialmente quando se trata de algo mais complexo, a confiabilidade de uma fábrica de software tende a ser maior do que um desenvolvimento tradicional.
Com mais empresas utilizando fábrica de software, fazer uso dela também é uma forma de ganhar vantagem competitiva em relação às que não usam e uma forma de não ficar para trás em relação aos concorrentes que já investiram nessa tendência.
Quais são os mitos envolvidos?
Falar em fábrica de software é falar de uma série de mitos que cercam o tema, e o principal deles é a ideia de que ela gera produtos padronizados para os clientes. A verdade é justamente o contrário: por meio da padronização de processos, é possível garantir a personalização do produto final.
Também há mitos que envolvem a segurança e assertividade. Quando construída da maneira correta, levando em conta os padrões necessários, a fábrica de software é capaz de originar softwares tão seguros quanto um desenvolvido por pessoas — só que ainda melhor e em menos tempo. Além disso, a fábrica não dispensa a necessidade de bons profissionais. Como ela é, na verdade, um processo em melhoria contínua, é importante garantir o controle feito por profissionais qualificados para torná-la mais relevante.
A fábrica de software trata-se na verdade de uma solução de otimização de processos de modo a padronizá-los. Com isso, o desenvolvimento de softwares se torna um processo mais facilitado e produtivo, mas sem haver perda de personalização do produto final. A sua empresa pode obter o melhor dos dois mundos: aumento da produtividade e redução dos custos associados a personalização e satisfação final do cliente.
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