Empresas de investimentos e corretoras estarão na etapa final do Open banking

Bruno Zago

06 maio 2020 - 16:53 | Atualizado em 29 março 2023 - 17:28

Pessoa utilizando o celular

O Open banking, sistema de compartilhamento de dados que permite que clientes sejam donos dos seus dados e não os bancos e instituições financeiras, já tem uma data de implementação no Brasil: 30 de novembro de 2020. O processo, regulamentado pelo Banco Central e pelo Conselho Monetário Nacional, será implementado de forma fragmentada e deverá ser concluído em outubro de 2021. 

De acordo com o Banco Central do Brasil (BCB), a regulamentação desse sistema permitirá a criação de um ambiente “propício para o surgimento de novas soluções de serviços inclusivos, competitivos, seguros e customizados ao perfil de clientes”. 

Mas de que forma isso funcionará? De acordo com o BCB, a nova regulamentação autoriza, com consentimento prévio do cliente, o compartilhamento padronizado de dados e serviços através da abertura e integração de sistemas. Tudo isso permitido a instituições financeiras, de pagamento e demais autorizadas a funcionar pelo Banco Central. 

Além disso, o órgão considera o regulamento um passo importante no processo de digitalização do sistema financeiro, uma vez que ele proporcionará um acesso maior e melhor para as famílias e empresas que precisam utilizar os serviços e produtos financeiros. 

O objetivo desse modelo de implementação é facilitar e agilizar, de forma segura, e por meio de canais eletrônicos das instituições, as experiências de pessoas naturais ou jurídicas nos processos de solicitação de compartilhamento.

Dessa forma, a norma “dispõe sobre a responsabilidade das instituições, inclusive no que diz respeito à disponibilidade e à performance das interfaces e ao atendimento de demandas de clientes e ao suporte às demais participantes, além de implementar regras relacionadas ao consentimento do clientes, de autenticação entre outros. 

E quem participará no Open banking? Nessa regulamentação, não são só os bancos e empresas de pagamentos quem participarão, mas também empresas de investimentos como corretoras, empresas de câmbio e previdência.

Ainda segundo o órgão, com a implementação do sistema, os novos serviços que poderão ser ofertados são: aconselhamento financeiro, comparadores de produtos e serviços financeiros, gestão financeira e de iniciação de transação de pagamento em um ambiente mais familiar e conveniente para os consumidores. 

Confira as fases de implementação do Open banking:

  1. Acesso ao público a dados de instituições participantes do Open Banking sobre canais de atendimento e produtos e serviços relacionados com contas de depósito à vista ou de poupança, contas de pagamento ou operações de crédito;
  2. Compartilhamento entre instituições participantes de informações de cadastro de clientes e de representantes, bem como de dados de transações dos clientes acerca dos produtos e serviços relacionados na Fase I;
  3. Compartilhamento do serviço de iniciação de transação de pagamento entre instituições participantes, bem como do do serviço de encaminhamento de proposta de operação crédito entre instituição financeiras e correspondentes no País eventualmente contratados para essa finalidade;
  4. Expansão do escopo de dados para abranger, entre outros, operações de câmbio, investimentos, seguros e previdência complementar aberta, tanto no que diz aos dados acessíveis ao público quanto aos dados de transações compartilhados entre instituições participantes.

 

Solução da Cedro

A Cedro Technologies criou uma plataforma aberta de APIs ao longo dos últimos anos que permite a integração para cotação e investimentos em múltiplas corretoras. 

Se posicionando, assim, como uma das maiores plataformas de integração abertas para investimento, o  que permite com que trabalhe de forma semelhante ao que a  Plataforma de Banking PLAID fez no mercado internacional e, posteriormente, foi adquirida pela VISA. 

Confira a normativa na íntegra por aqui.

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