Muitos investidores que estão começando sua jornada no mercado financeiro buscam verificar se a corretora de valores é segura. Essa certificação garante uma experiência mais tranquila e confiante, além de poder contar com um serviço de qualidade e devidamente regulado.
No entanto, iniciantes ou pessoas sem muitos conhecimentos na área podem ter dúvidas sobre como realizar essa verificação de maneira adequada.
Por esse motivo, vale a pena saber quais fatores determinam se uma corretora de valores é segura, e quais regulações ela deve atender para se apresentar como uma instituição de confiança.
Como determinar se uma corretora de valores é segura?
As instituições de gestão e administração financeira são necessárias para a realização de operações de investimento na maioria dos ativos.
Por esse motivo, pessoas interessadas em iniciar esse tipo de atividade procuram por companhias confiáveis, que poderão não apenas oferecer um serviço qualificado, como também auxiliar durante suas operações.
No entanto, é importante se certificar de que a corretora de valores é segura antes de estabelecer, de fato, um vínculo com a instituição. Para isso, é possível conferir alguns fatores que asseguram sua credibilidade:
- Cadastro na Comissão de Valores Mobiliários (CVM);
- Registro na B3;
- Autorização do Banco Central;
- Porte do selo CETIP Certifica.
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Confira cada um desses fatores e o que eles representam:
Comissão de Valores Mobiliários (CVM)
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) é um dos principais órgãos reguladores de investimentos do mercado, responsável por fiscalizar e certificar essas operações no Brasil.
Seu intuito é defender os direitos dos investidores e garantir a transparência das transações. Para isso, a CVM estabelece vistorias periódicas a bancos de investimento, agentes financeiros e instituições administradoras.
Por esse motivo, uma corretora de valores é segura se seguir as normas estabelecidas por essa comissão, garantindo que suas atividades são autênticas.
O usuário pode verificar se a corretora possui cadastro no CVM por meio de uma pesquisa rápida na sua página de registros. Além disso, o portal do órgão também permite consultas de infrações no mercado de valores mobiliários, para que o investidor acompanhe eventuais processos.
Banco Central
Enquanto isso, as competências do Banco Central se concentram na verificação das atividades financeiras que atuam no Brasil. Assim, uma corretora de valores é segura se possuir as devidas autorizações e certificações desse órgão para movimentar capital.
Ou seja, as companhias precisam de regulação para realizar o fluxo de dinheiro. Uma vez que os investimentos, inevitavelmente, geram essa troca, as corretoras precisam estar registradas no Banco Central também.
Também é possível confirmar se a instituição está habilitada a operar no mercado financeiro por meio da plataforma do Bacen.
B3
A B3 é a sigla para Brasil, Bolsa, Balcão, tratando-se popularmente da Bolsa de Valores do Brasil. Este é o ambiente que permite investimentos no mercado de ações, além de outros ativos relacionados.
Atualmente, também é supervisionada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), e possui um registro especial para habilitar a atuação de corretoras. Por esse motivo, o investidor também pode utilizar seu sistema de pesquisa para verificar se a companhia é regulada.
Caso não possua registros oficiais na B3, não estará autorizada a transacionar no mercado de investimentos brasileiro, de modo que não se trata de uma instituição segura. No momento, o órgão possui 92 companhias habilitadas a auxiliar os investidores na realização de negócios.
Além do cadastro, o investidor pode verificar se a corretora de valores é segura também pelos selos de verificação que possui. A B3 desenvolveu o Programa de Qualificação Operacional (PQO) justamente para auxiliar nessa conferência.
O programa atesta a qualidade da empresa mediante diferentes requisitos. Algumas das certificações são:
- Agro Broker;
- Carrying Broker;
- Execution Broker;
- Retail Broker.
Nesse caso, uma das certificações mais importantes é o cadastro na B3.
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CETIP Certifica
Ainda, para verificar se uma corretora de valores é segura, é importante conferir se a instituição possui o selo CETIP Certifica. Esse certificado atesta a qualidade das corretoras sobre suas aplicações de renda fixa.
Assim, possuir este selo garante que a corretora está habilitada para administrar investimentos nessa modalidade para o investidor.
Enquanto o registro oficial na B3 garante habilitação para investimentos de renda variável, principalmente, o selo CETIP Certifica é fundamental para confirmar a confiabilidade na renda fixa.
Alguns dos produtos que exigem esse registro são:
- Certificados de Depósitos Bancários (CDB);
- Letras de Crédito do Agronegócio (LCA);
- Letras de Crédito Imobiliário (LCI);
- Debêntures.
Caso o investidor esteja interessado em algum desses produtos, precisa verificar se a corretora conta com o selo de certificação.
Certificados para profissionais
Por fim, mesmo que o investidor garanta que a corretora de valores é segura, também pode se certificar se os profissionais que atuam no meio são qualificados.
Isso pode ser feito por meio de certificados de atuação, garantindo que os consultores também estão registrados nos órgãos de fiscalização.
No Brasil, os principais certificados para cargos no mercado financeiro são:
- Certificado Nacional do Profissional de Investimento (CNPI);
- Certificação Profissional Anbima – 10 (CPA-10);
- Certificação Profissional Anbima – 20 (CPA-20).
Alguns selos são, inclusive, obrigatórios pela CVM, para que os profissionais possam atuar com consultas financeiras para investidores físicos e jurídicos.
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O que garante que uma corretora de valores é segura?
Existe uma série de conferências técnicas que podem garantir ao investidor que a corretora de valores é segura.
Sendo assim, é necessário se atentar para seus registros nos órgãos de fiscalização, especialmente na CVM e na B3, duas das reguladoras mais relevantes do mercado.
No entanto, também é importante se atentar para como a instituição se apresenta. Companhias confiáveis e profissionais devem apresentar um serviço transparente, certificado e direto.
Dessa forma, o investidor poderá ter a certeza de que a corretora de valores é segura e poderá lhe auxiliar durante suas operações de aplicação.
Por isso, para os usuários, as garantias de segurança estão, principalmente, nos selos, registros e habilitações conferidas pelos órgãos de fiscalização, além de uma plataforma com transparência e facilidade de acesso.
Para as corretoras, vale a pena garantir sua confiabilidade ao exibir seus selos de maneira visível ao investidor, além de se colocar à disposição para atender às suas dúvidas, mostrando que suas ferramentas são seguras.