Quando falamos em novidades sobre tecnologias, China e EUA se destacam na briga pela liderança do mercado. Na questão do reconhecimento facial, ambos os países têm apresentado novidades que prometem aumentar a segurança.
A ferramenta traz uma disrupção na forma de ver o mundo, sendo um grande avanço para as cidades inteligentes. Ela ajuda a criar uma assinatura facial para gerar facilidades e segurança a acessos, desde o uso doméstico a lojas e portões de embarque em aeroportos. O governo também consegue utilizar para identificar criminosos.
Enquanto a China já utiliza a ferramenta até para autorizar pagamentos, os EUA apostam forte na prática para aeroportos, reforçando a identificação no embarque de passageiros. Vamos conhecer um pouco sobre as tendências e iniciativas em reconhecimento facial? Acompanhe o texto a seguir para saber mais!
Quais são as tendências e iniciativas em reconhecimento facial?
É nítido como o reconhecimento facial ganha força nas tendências da Era Digital. Entre as principais iniciativas, o governo chinês já adicionou uma camada de inteligência artificial em câmeras de segurança e empresas unicórnio como SenseTime, Megvii e CloudWalk tem despontado com novidades impressionantes.
Os EUA também contam com um grande registro de patentes: Apple, Amazon e instituições acadêmicas como a Carnegie Mellon University têm trabalhado com afinco para trazer novidades. O grande foco é na segurança dos aeroportos.
China aposta em reconhecimento facial para expandir mercado e reforçar vigilância
O governo chinês tem forte interesse na tecnologia, tendo desenvolvido inclusive um projeto em 2005 com o nome de Skynet. O país se beneficia bastante dos avanços em técnicas cognitivas, conseguindo aumentar o plano de ação governamental para expandir negócios e reforçar a segurança.
É nítido como a China se sustenta na tecnologia para ganhar mercados e se tornar a maior potência nesse cenário que se torna cada vez mais importante. Com isso, as estratégias se encaminham para três frentes principais, que exploramos a seguir:
1. Políticas de governo para vigilância
Em primeiro lugar, temos justamente a estruturação das políticas de governo. Elas favorecem principalmente a segurança nacional, deixando a privacidade em segundo plano. Essa estratégia é possível porque os próprios cidadãos se preocupam mais com o primeiro tópico do que com o segundo, acelerando o desenvolvimento do reconhecimento facial.
Em 2018, o país desenvolveu um plano chamado Xio Liange. A ideia é processar imagens de câmeras de segurança em propriedades públicas e privadas para monitorar pessoas e acontecimentos. O projeto traz potencial para empoderar o sistema de crédito social da China, que escala a confiança econômica de cada cidadão.
Segundo o banco de dados da Espacenet, os esforços chineses em vigilância a partir de câmeras de segurança foram responsáveis pelo registro de mais de 530 patentes em 2017. Esse número é bastante superior aos EUA, que tiveram apenas 96 registros.
Entre as patentes, há uma tendência interessante em apoio a instituições acadêmicas, como a Shandong University e a South China University of Technology, que desenvolvem estudos específicos para o setor.
2. Reforço nos grandes negócios
Na segunda frente de ação, o reconhecimento facial começa a servir como suporte para empresas gigantes de tecnologia, como Baidu, Alibaba e Tencent. Essas três companhias formam juntas o poderoso BAT, que somam atualmente um valor superior a US$ 1 trilhão.
O grupo investe em mais de 150 empresas pelo mundo, ganhando força pela posse de uma quantidade valiosa de dados da maior população global. O reconhecimento facial é uma estratégia que tem reforçado bastante os negócios, sendo foco de patentes do grupo.
Um exemplo é o projeto patenteado como “human-computer interactive method based on artificial intelligence and terminal device” — em tradução livre, método interativo humano-computador baseado em inteligência artificial e dispositivo terminal. É uma iniciativa do Baidu que une voz e reconhecimento facial em um dispositivo robô voltado para o consumidor.
3. Investimento em startups
Por fim, o último ponto de ação da China inclui o fortalecimento das parcerias entre startups, outra importante estratégia para a economia. É uma medida que tem fortalecido bastante a economia do país, revelando unicórnios como a SenseTime e a Megvii.
Essas empresas são recentes no mercado e se tornaram líderes no desenvolvimento de software para reconhecimento facial. Atuando nesse setor, elas conseguiram a façanha de serem avaliadas acima de US$ 1 bilhão em pouco tempo de atuação.
Elas foram as principais responsáveis por habilitar o sistema para encontrar criminosos, chamando atenção pelo modelo futurístico de negócio. A Megvii tem o projeto Face++, que tem agilidade no reconhecimento facial e já é aplicado em vários setores na China.
EUA apostam em reconhecimento facial nos aeroportos
Se a China está focada na vigilância, os EUA apostam em reconhecimento facial para reforçar o monitoramento nos principais pontos de acesso ao país. O mundo acompanha frequentemente nos noticiários as estratégias do governo para limitar e barrar o acesso de estrangeiros ao país. A tecnologia é uma forma de reforçar essas intenções.
O sistema de imigração tem uma política muito incisiva e o reconhecimento facial agora é uma solução para identificar passageiros que ficaram ilegalmente em terras americanas, ultrapassando o prazo permitido nos vistos.
A Segurança Nacional apontou que há uma intenção de conseguir escanear 97% dos passageiros até 2023. No projeto de inovação dos aeroportos, os passageiros precisam tirar foto antes de embarcar e as câmeras nos portões de segurança reforçam a medida de cruzar dados.
Na lei, quem for identificado com visto vencido pode perder o direito de voltar aos EUA por até dez anos.
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