Chatbots que enxergam: mais um poderoso recurso dos bots

Vitor Precioso

14 março 2018 - 18:08 | Atualizado em 29 março 2023 - 17:38

Imagem de um robo de atendimento

Muito mais do que interagir por meio de textos, os chatbots são capazes de decifrar caracteres não estruturados, que foram gerados em imagem

Com mais de 1 bilhão de usuários, o Facebook Messenger está entre os aplicativos de mensagem mais populares do mundo. Desde que este anunciou, em abril de 2016, a liberação para que desenvolvedores criassem chabots para interagir com seus bilhões de usuários, já existem mais de 200 mil bots atendendo-os nos mais diversos assuntos.

Utilizando inteligência artificial e processos de machine learning os robôs, uma vez treinados, respondem sobre variados temas, liberando os atendentes humanos para tarefas mais complexas, ampliando assim, os horários de atendimento com menor custo, uma vez que conversam com milhares de usuários simultaneamente. Através dos serviços cognitivos de reconhecimento vocal, como o L.U.I.S. (Language Understanding Intelligent Service) da Microsoft, as perguntas feitas pelos usuários em linguagem natural são interpretadas e respondidas em segundos como se estivéssemos conversando com um humano.

No Brasil, as empresas já estão utilizando o chatbot para substituir as FAQs dos sites, vender produtos, ver a previsão do tempo ou ainda saber qual a melhor época para viajar para qualquer cidade, considerando o preço das passagens aéreas. Áreas internas de grandes corporações já usam o chatbot para responder aos seus colaboradores dúvidas de recursos humanos e planos de previdência privada. Algumas pesquisas já avaliam que nos próximos dois anos, 80% das empresas terão chatbot e as razões são muitas: os usuários utilizam apps de mensageria que já estão nos seus celulares, devido à redução de custos de atendimento com ampliação do horário, rapidez na prestação do serviço, entre outras.

Chatbots que reconhecem imagens

Até aqui falamos de chatbots que respondem o que perguntamos em texto ou áudio, mas e se os bots pudessem entender o que significa uma imagem? Sim, isso já é possível. Da mesma forma que os bots são treinados para entender frases escritas ou faladas, eles podem ser capacitados a responder sobre as imagens. E não estou falando de reconhecimento facial, mas sim de qualquer imagem.

Explicar em texto sobre uma praga que invadiu uma plantação seria complicado, mas e se enviarmos uma foto e a resposta vier assim: para combater essa praga use o defensivo agrícola X, pulverizando a cada Y dias. O preço é Z e temos o produto em estoque, preciso da sua localização para calcular o tempo de entrega e custo do frete…?

Checar peças de equipamentos e, se necessário seu desgaste, modelos de aparelhos, tipos de materiais de construção, conteúdo de alimentos processados só pelo rótulo do produto são algumas das facilidades que estarão disponíveis em breve no nosso dia a dia.

Indo além de uma foto, os robôs já podem ser treinados para entender movimentos em vídeos. As aplicações são enormes: alertar situações de perigo por falta de utilização de equipamentos de segurança, monitorar pacientes após cirurgias em hospitais para mitigar risco de queda. Confira o vídeo do Hospital 9 de Julho e Microsoft no Youtube, são exemplos de utilização dos serviços cognitivos de visão que já começam a ser incorporados em diversas atividades:

Leia também:

Novos recursos estão surgindo e aprender a interagir com os bots será mais fácil que utilizar um novo app no smartphone.

 


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