Testabilidade: o que são códigos testáveis e sua importância

Rogério Marques

28 abril 2016 - 19:24 | Atualizado em 29 março 2023 - 17:34

Foto de tela de computador com editor de texto exibindo códigos de programação

Hoje, com arquiteturas de software cada vez mais complexas, códigos testáveis são imprescindíveis para aplicações de qualquer natureza — as empresas buscam no mercado, profissionais capazes de gerar códigos de qualidade e com testabilidade. Mas afinal, o que é um código testável? É o código que é capaz de ser verificado e examinado em diferentes possibilidades e todos os requisitos de negócio devem ser contemplados dentro de unidades de testes automatizados.

Vamos falar um pouco mais sobre este conceito e saber como implementá-lo para criarmos uma solução íntegra e segura.

Monte uma equipe integrada

A testabilidade é mais do que uma técnica; é uma filosofia. A equipe de desenvolvimento do software precisa ter os conceitos de teste bem entendidos e a integração de todos (inclusive do gerente de projetos) é muito importante para que estejam alinhados com as expectativas do cliente.

Outro ponto que é relevante é que o analista de requisitos deve trabalhar “ombro a ombro” com os testers e desenvolvedores. Dessa forma, as etapas da construção do sistema vão caminhar no sentido da elaboração de um código testável que tenha condições de garantir a entrega das funcionalidades levantadas pelo analista junto ao cliente.

O teste começa na especificação

Durante o processo de especificação, o analista precisa ser minucioso, pois isso facilitará o trabalho do desenvolvedor. Além disso, as entradas, saídas e regras de negócio terão que reproduzir com fidelidade a expectativa do cliente.

Um ponto importantíssimo é a participação da equipe de testes durante todo o processo de especificação (assim como na codificação). Ao final da especificação, os casos de teste são escritos, validados pelo QA e pelo analista. Só então a documentação é liberada para o programador.

Enfim, o código testável

Independentemente da linguagem que se usa, o teste automatizado é mais do que um simples “método que testa outro método”. O código testável é parte do TDD, um conceito arquitetural moderno que complementa o universo do desenvolvimento de sistemas.

Mas o que é o TDD? A sigla para Test Driven Development, em português é traduzida como desenvolvimento guiado por testes. Ou seja, de acordo com ela, a melhor maneira de garantir a testabilidade do código é começar pelo teste e escrever um código que atenda aos requisitos que este pede — assim, o desenvolvedor garante a qualidade da parte de negócios do sistema. É interessante perceber que código passa a ficar mais simples, o foco se mantém no negócio e o cliente acaba sendo beneficiado.

Bugs gerenciáveis

Mesmo com o TDD bem implantado, com a equipe integrada e o código testável, não estamos livres dos temidos bugs. No entanto, por mais que geralmente eles sejam o pesadelo de todo programador e muitas vezes causadores de conflitos entre eles e os testadores, não precisam ser temidos.

Os bugs são comuns e não são necessariamente nossos inimigos. Microsoft, Apple, Google e tantas outras referências em tecnologia têm seus códigos carregados deles. Por conta disso, eles não devem ser ignorados, mas sim bem escritos e gerenciados. Assim como em uma emergência de hospital, a equipe de testes faz uma triagem para classificar e priorizar os erros. Depois desta etapa, o gerente de projetos deve encaixá-los em suas entregas de forma sustentável e com cuidado para que a equipe de desenvolvedores não se torne refém de correções de problemas.

Já trabalhou em um ambiente de desenvolvimento que usa o TDD? Tem experiências positivas ou negativas com o método? Compartilhe conosco sua experiência.

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