Usabilidade: como o design thinking contribui para a UX?
Rogério Marques
08 agosto 2016 - 17:45 | Atualizado em 29 março 2023 - 17:43
Durante sua palestra para o SXSW de 2015, o empresário John Maeda mostrou alguns dados que apontavam como o design thinking serve como fator de sobrevivência para diversas empresas do Vale do Silício. E não é por menos: ao buscar por soluções mais práticas e elegantes, esse conjunto de métodos e processos acaba não apenas gerando mais valor para as empresas como também contribuindo para a usabilidade de seus projetos.
Mas de que forma o design thinking pode colaborar com o UX? Será que existem empresas que já tem se dado bem ao unir esses dois assuntos? É exatamente o que iremos descobrir por aqui.
Uma melhor visão a respeito do problema da usabilidade
Como nós já abordamos no Infográfico: Design Thinking em empresas, um dos pontos iniciais dessa metodologia, que nos leva a pensar como designers, é o de descoberta e entendimento. Devemos aprender mais a respeito do usuário, sobre o problema das pessoas e como o nosso projeto ajudaria a resolvê-los. E isso, quando de fato é aplicado à experiência do usuário, só tende a trazer bons resultados.
O caso da Kings Cross
Durante anos a região de Kings Cross, em Sidney, foi considerada uma das mais movimentadas, “baladeiras” e perigosas da Austrália. No entanto, foi só ao começar a pensar como os frequentadores dessa área que o governo australiano conseguiu reduzir os seus problemas.
Para isso foi preciso lidar com a Kings Cross da mesma maneira como se lida com alguns grandes festivais de música: aumentando a quantidade de distrações, com barraquinhas e lugares iluminados em todos os cantos (assim a região inteira se tornava mais “viva”) e trabalhando melhor a ideia de extração, ou como tirar as pessoas com segurança daquele ambiente. Bastou ampliar as linhas de ônibus por ali e colocar guias que ajudassem quem estivesse perdido, evitando que as pessoas entrassem em roubadas.
A importância dos testes
Outra parte muito importante do design thinking tem a ver com os testes, que é quando devemos explorar diversas saídas para um possível problema, levando em conta que nem sempre existe apenas uma solução ou que a primeira é sempre a melhor.
O caso da Netflix
Em seu livro A/B Testing: The Most Powerful Way to Turn Clicks Into Customers, os autores Dan Siroker, Pete Koomen e Cara Harshman falam sobre um interessante caso onde a Netflix fez alguns testes para encontrar o layout que mantivesse os usuários navegando por mais tempo em seu sistema. Foi testado um modelo onde não existiam as notas e resenhas de cada filme ou série (que existia no modelo original) e outro onde havia apenas a capa de cada produção na tela (como acontece hoje).
O que foi visto é que as pessoas passavam mais tempo navegando entre opções quando precisavam clicar no pôster que mais chamava a atenção para ver as opiniões a respeito.
O valor da prototipagem antes da produção
Não adianta saber o problema do usuário e buscar a melhor solução para ele se não for possível testar essa solução antes de colocá-la no mercado. No design thinking, a melhor maneira de testar na prática essa solução é a partir da prototipagem. Algo que, em muitas das vezes, pode indicar um problema prático que não seria identificado na teoria.
A morte de Anton Yelchin
Em junho de 2016, o jovem ator Anton Yelchin morreu prensado pelo seu próprio carro dentro de casa. Um acidente que alguns estudiosos já apontam ter sido causado por uma má experiência de usuário.
Essa hipótese faz mesmo sentido, já que como seu carro usava câmbio automático, e a opção de “parado” ficava bem próxima da de “ré”, pode ser possível que Yelchin tenha deixado a marcha engatada acidentalmente no modo errado. Algo que poderia ter sido testado e observado em testes de protótipo.
Como você pôde ver, o que não faltam são maneiras do design thinking contribuir para a usabilidade e experiência do usuário dos seus projetos.
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