Human Centered Design é um termo recente e muito utilizado na atualidade. Esta abordagem desenvolve soluções de forma a envolver a perspectiva humana em todas as etapas da resolução de problemas.
Em outras palavras, Human Centered Design são sistemas interativos que visam a real utilidade e necessidade na vida dos usuários, por meio da aplicação de fatores humanos/ergonômicos, usabilidade e técnicas.
Além disso, esta abordagem ainda busca:
- Aumentar a eficiência dos sistemas,
- Melhorar o bem-estar humano,
- Aperfeiçoar a experiência do usuário, acessibilidade e a sustentabilidade,
- Neutralizar possíveis efeitos adversos do uso na saúde, segurança e desempenho dos clientes.
A seguir, vamos discutir um pouco mais sobre o Human Centered Design, seus quatro princípios e de que maneira ele é capaz de transformar a vida dos usuários.
Os 4 princípios do Human Centered Design
Para projetar experiências inesquecíveis deste tipo para o cliente, é necessário começar a entender profundamente seus comportamentos e necessidades, e isso só é possível por meio de:
- Observação e envolvimento com os problemas da comunidade,
- Brainstorming, modelagem/ prototipagem/ implementação nos espaços coletivos,
- Integração de tecnologia ou outras ferramentas úteis para aliviar os problemas,
- Feedback dos usuários para determinar o sucesso da solução.
A rápida expansão da inteligência artificial e da realidade aumentada tem transformado a forma como pensamos o desenvolvimento da tecnologia.
Para a prática de Human Centered Design, o principal desafio é criar uma User Experience (UX) de forma que a tecnologia seja integrada à natureza humana.
Ou seja, mergulhar nas situações cotidianas, observar comportamentos, construir um entendimento em relação a como e por que as pessoas agem desse modo e gerar as soluções e UXs capazes de melhorar o dia-a-dia das pessoas.
Mas como em todos os processos que envolvem a vida humana, o Human Centered Design utiliza quatro princípios básicos que devem ser seguidos durante toda a pesquisa e criação:
1. Concentre-se nas pessoas
O Human Centered Design não vê as pessoas como simples usuários e sim como humanos reais que futuramente utilizarão seu produto ou serviço.
Para identificar seu objetivo real, é necessário conhecer primeiramente o público-alvo e o contexto em que ele estará inserido, ou seja, tempo, lugar e dispositivo. Depois da conclusão destas etapas, fica mais fácil descobrir as jornadas críticas de usuário e criar a UX perfeita.
2. Encontre o problema real
É impossível resolver todas as dificuldades do mundo, mas quando você identifica o problema principal, todos os outros que surgem como “sintomas” dele também serão resolvidos.
O processo de identificação dos problemas centrais leva muito tempo, porém é parte essencial do processo de design. Ignorar esta parte ou levá-la sem a seriedade necessária pode fazer com que a equipe identifique problemas errados.
3. Pense no sistema como um todo
Pense em toda a experiência do usuário como uma só jornada. Para criar a UX perfeita, você deve visualizá-la como uma só unidade e não como várias etapas diferentes a serem cumpridas.
Como um exemplo para tornar claro este princípio, imagine um aplicativo em que todo o processo de compras é feito de maneira agradável e tranquila. Mas quando o cliente precisa entrar em contato com o serviço de atendimento para solicitar uma troca, encontra respostas lentas e inconclusivas.
Nesse caso a primeira experiência do usuário foi boa, mas a experiência geral não. Por isso o Human Centered Design foca na jornada completa para alcançar a perfeição.
4. Teste suas decisões de design
Sempre teste seu sistema com pessoas reais e utilize o feedback para entender onde seu design precisa de melhorias.
Ao utilizar pessoas conhecidas ou que tenham alguma relação com o produto, as respostas nem sempre serão representativas, já que nem todos os usuários terão o mesmo comportamento em um determinado contexto. Ou seja, é necessário diversificar para chegar a melhores feedbacks.
As possibilidades são infinitas quando unimos tecnologia à empatia humana em busca da resolução de problemas reais.
A empresa Visa, por exemplo, criou uma equipe de Human Centered Design chamada Innovation Studio e, a partir daí, começou a pensar nas eventuais preocupações que acometiam os usuários ao utilizar seus cartões.
A equipe decidiu, então, focar na segurança digital e criou uma tecnologia de reconhecimento facial que envia mensagens de texto para assegurar que aquela compra on-line está realmente sendo feita.
Esta é a forma que a Visa criou para garantir a segurança de quatro entre dez brasileiros que possuem o cartão e que eventualmente o utilizam para compras pela internet.
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