O Crédito Direto ao Consumidor, também conhecido como CDC, é uma forma de pagamento a prazo bastante comum na cultura dos brasileiros. Ainda que não fosse chamada por esse nome no passado, as antigas cadernetas de mercados de bairro, onde ficavam anotados débitos pendentes, são exemplos de algo similar e fizeram história durante séculos.
No entanto, o CDC é um recurso que passou por uma verdadeira transformação digital nos últimos anos. Agora ele pode ser disponibilizado por meio de parcerias ou então diretamente pela companhia que quer realizar a venda ao público, mas de modo muito mais moderno.
Como funciona o CDC
O CDC funciona como um financiamento. Crediários digitais, cartões de crédito e BNPL são exemplos desse recurso.
Assim como no caso de empréstimos convencionais, fatores variados são levados em conta para ceder recursos ao consumidor. O próprio credor determina os critérios, como a renda que a pessoa declarou, qual vai ser a finalidade do gasto e se o nome dela está negativado em birôs de crédito.
Diferentes tipos de companhias podem ofertar o CDC, como varejistas, lojas de carro e até instituições financeiras. É um modelo de Credit as a Service, ou CaaS. Via de regra, por ser um acordo direto entre credor e cliente, costuma ser um serviço bastante desburocratizado.
Conheça as vantagens do CDC para empresas
Para as empresas que concedem o CDC, a possibilidade de aumentar os ganhos é um grande atrativo. Primeiro porque oferecer uma opção adicional de meio de pagamento aumenta as possibilidades de o negócio ser efetivado. Além disso, depois de lucrar com a venda em si, ceder financiamentos gera recursos extras baseados em juros.
Outra vantagem é que, ao ter essa relação de credor com o consumidor, a área de cadastros da companhia ganha novas informações.
Com um bom atendimento, produtos de qualidade e acesso simplificado a crédito, a empresa aumenta as chances de fidelizar o cliente.
Vale destacar que as companhias podem contar com empresas para facilitar a conexão entre organizações que desejam oferecer o CDC e instituições financeiras. Assim, é mais fácil para quem vende se adaptar a exigências específicas de órgãos reguladores para a concessão de crédito.
CDC aumenta possibilidades de compra para clientes
Para os clientes, um atrativo do CDC é a possibilidade de realizar compras sem que tenha recursos suficientes no momento. Até mesmo pessoas desbancarizadas podem aproveitar essa facilidade, dependendo das condições impostas pelo credor para disponibilizar o crédito.
A flexibilidade nas condições de contratação e a possibilidade de quitar a dívida em prazos longos também chamam a atenção do público.
Por conta dessa maleabilidade, é uma alternativa que ajuda o débito a “caber no bolso” do consumidor. Isso diminui as chances de levar à inadimplência.
Outra vantagem do CDC é que ele é uma opção de crédito que pode ser mais em conta, caso cobre juros menores do que outras fontes de recursos disponíveis.
Riscos do CDC para empresas e consumidores
A inadimplência é o maior risco do CDC, tanto para empresas como para consumidores. Afinal, é uma situação que prejudica todos os envolvidos. Vale mencionar que, embora uma tendência da sua queda no Brasil comece a surgir, milhões de pessoas ainda se encontram com dívidas atrasadas.
Esse é um desafio que pode ser superado com maior facilidade caso haja uma parceria com uma empresa de tecnologia, o que contribui para tornar mais eficiente os processos de gestão de risco e análise de crédito.
Além disso, as companhias que pretendem fornecer esse tipo de serviço devem permanecer atentas a demandas burocráticas de órgãos reguladores. Por exemplo, que fixam taxas de juros e trazem uma série de outras demandas aos credores. Não seguir essas determinações às vezes ocasiona processos judiciais.
O que esperar do Crédito Direto ao Consumidor
As novidades em Crédito Direto ao Consumidor estão tornando essa modalidade de empréstimo bastante interessante para empresas e clientes. A possibilidade de obter lucros não só com a venda, mas também com juros, é benéfica para as companhias. Já os clientes têm a vantagem de dispor de crédito de modo rápido e fácil, inclusive com taxas mais acessíveis do que em várias modalidades de serviços.
No entanto, para que os benefícios sejam bem aproveitados por ambos os lados, é fundamental que desafios existentes sejam superados. A inadimplência é um risco importante para todos, por exemplo.
Empréstimos mal calculados colocam em risco as companhias que optarem por oferecer esse serviço. Além disso, o crédito disponibilizado para pessoas físicas pode trazer ainda mais dívidas, o que tem a capacidade de prejudicar o controle financeiro dos indivíduos. Então, é fundamental que haja um equilíbrio bem fundamentado.
Para ajudar as organizações, uma solução é usar tecnologias modernas para analisar solicitações de crédito e, com base nisso, tomar decisões corretas e seguras. A tecnologia também pode ajudar quando uma plataforma que acessa diversas fontes de informação é utilizada.
O resultado é a redução da inadimplência, já que o serviço monitora o CPF ou CNPJ, e com base nesse histórico, identifica o limite de crédito ideal para cada perfil de cliente.
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